4 grandes senhoras ao vivo, 3 eventos a não perder:
Aldina Duarte participa no “Quintas de leitura- Amantes e outros nomes de família” no Teatro do Campo Alegre a 21 de Junho
Amélia Muge e Ana Moura dividem o palco e as canções na Praça de Armas do Castelo de S. Jorge a 22 de Junho
Mayra Andrade apresenta o seminal “Navega” no Teatro das Figuras em Faro a 14 de Agosto
Obra-prima! É assim mesmo, uma verdadeira obra-prima! “Não sou daqui” o novo trabalho de Amélia Muge é uma verdadeira surpresa musical, sentimental, poética, etc, etc…etc. Posso ficar aqui eternamente a adjectivar este disco mas não conseguiria sequer chegar a metade do que ele verdadeiramente representa. Musicalmente e poeticamente denso mas não difícil, clássico mas popular, cruzam-se aqui vários elementos: o fado, a música popular portuguesa, o jazz, a MPB, a pop, uns travos electrónicos, tudo sem soar deslocado ou minimamente “estranho”. Estamos sim perante um álbum adulto, sensível, interpretado majestosamente e sobretudo onde poesia e música “casam” de um modo perfeito, como há muito não ouvíamos. Preparam-se para se emocionarem com as lindíssimas “O que vê o meu olhar” ou “Na noite mais escura”, para ficarem de boca aberta com as geniais “Não sou daqui, mas…” e “Sete portas tenho em casa”, para se sentirem embalados com “Entre o deserto e o deserto” e “Visões de entardecer”, para se divertirem com “Parece Maio” e para com “O anjo” e “Visões do entardecer” chegarem à conclusão que o futuro da música nacional passa por aqui e principalmente por Amélia Muge, a trovadora.