Mísia apresenta a 17 de Dezembro o seminal “Ruas” na discoteca Lux em Lisboa.
Segue o texto de apresentação do espectáculo:
“A cantora Mísia está de regresso a Portugal, após cinco anos em França e muitos espectáculos um pouco por todo o mundo, onde obteve o reconhecimento do público e da crítica.
O concerto no Lux Frágil é particularmente emblemático, pois representa o encerrar de ciclo do disco "Ruas", um duplo CD onde o fado se cruza com marchas, mornas e outras sonoridades, simbolizando todas as "ruas do mundo", e onde Mísia usou e 'abusou', com o seu talento, do imaginário poético de vários autores oriundos de universos distintos, como são os casos de Vasco Graça Moura ou o vocalista dos míticos Joy Division, Ian Curtis, entre outros.
Ao habitual quarteto de fado junta-se uma guitarra eléctrica, num espectáculo cujo repertório e sonoridade encaixa que nem uma luva no ambiente cosmopolita e de modernidade como é o do Lux Frágil.”
“Fadas” de Mafalda Arnauth é uma homenagem às mulheres mas e principalmente, uma homenagem às fadistas que inspiraram a arte e a carreira de uma das nossas melhores vozes. Hermínia Silva, Celeste Rodrigues, Beatriz da Conceição são algumas das vozes aqui recordadas e o resultado é talvez o mais inspirado disco de Mafalda Arnauth. “Vira da minha rua”, “Tendinha”, “Marujo português” (aqui ligado a “Rosinha dos limões”) ou “Pomba branca” lembram parte da historia do próprio fado e convivem lindamente com a belíssima “E se não for fado” de Francis Hime e Tiago Torres da Silva e a inspirada “Só corre quem ama” com letra da própria cantora. Como bónus uma magnífica interpretação de “Inverno Porteño” (Artur Piazzolla). Um álbum elegante, sincero, de muito bom gosto e que reforça a importância de Mafalda Arnauth no panorama musical português. 10/10
Os Deolinda chegam aos Coliseus em 2011 com o segundo disco “Dois selos e um carimbo”.
22 de Janeiro no Coliseu do Porto e dia 29 no Coliseu dos Recreios em Lisboa.
“Fadas” é o novo trabalho de Mafalda Arnauth, aqui fica o vídeo para “Vira da minha rua”:
“Poeta da Cidade” traz-nos Martinho da Vila a cantar Noel Rosa e o resultado é um belíssimo trabalho. Acompanhado por Mart´nália, Patricia Hora, Aline Calixto, Ana Costa, Maira Freitas e Analimar Ventapane, Martinho escolheu para este tributo canções cuja letra e música foram totalmente escritas por Noel, excepção feita a “Filosofia” composta a meias com André Filho. “Fita amarela”, “Último desejo”, “Quando o samba acabou”, “Coisas nossas”, “Eu vou pra vila” e “Rapaz folgado” entram brilhantemente no universo musical de Martinho da Vila e valorizam o legado artístico deixado por um dos maiores compositores da música popular brasileira. Destaque ainda para o belo projecto gráfico do cd da responsabilidade de Elifas Andreato, que presta homenagem ao caricaturista Nássara. 8/10
Katia Guerreiro celebra dez anos de carreira com um concerto muito especial no Coliseu dos Recreios dia 13 de Novembro. Segue o texto de apresentação do espectáculo:
“Katia Guerreiro, a celebrar 10 anos de uma carreira assinalável, actua pela primeira vez a solo no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. As comemorações iniciaram-se em Janeiro de 2010, na Sala de Música de Câmara da Orquestra Filarmónica de Berlim, e terminam com este concerto no Coliseu de Lisboa, que se segue a um outro espectáculo único no Alhambra, em Paris.
Foi uma década a somar êxitos, levando o Fado a novas plateias um pouco por todo o mundo. Foi também uma década de afirmação como artista, adquirindo uma maturidade que se foi traduzindo sempre no reconhecimento do público e da crítica mais exigente, e que culminou com a atribuição do prémio Melhor Intérprete de Fado - 2010 pela Fundação Amália Rodrigues. Após cinco álbuns em nome pessoal e diversas parcerias com grandes nomes da música, tanto nacionais como internacionais, Katia Guerreiro promete muita emoção e alguns convidados surpresa neste espectáculo.
Um álbum duplo que sairá até ao final do ano – composto de um "best of" e de uma colectânea de duetos – selará o registo destes dez anos de carreira artística.”
Casa da Música, 18 de Outubro.
“Telecoteco” levou Paula Morelenbaum a uma exaustiva pesquisa pela música popular brasileira antes da revolução chamada “bossa-nova” e o resultado depois de mostrado em disco, chegou também a Portugal em formato de concerto. Acompanhada em palco por um excelente trio de músicos, Paula Morelenbaum levou-nos numa viagem por alguma da melhor música dos anos 40 e 50, visitou a bossa-nova modernizada do seu disco “Berimbaum” e recordou-nos Carmen Miranda, Tom Jobim e Caymmi num espectáculo cool, com classe e que nos trouxe um bocadinho da luz do país irmão na voz de uma das suas melhores intérpretes. "Teleco-Teco", "Insensatez", "Canto de Ossanha", "O nosso amor" e "Manhã de Carnaval" foram alguns dos destaques de um concerto absolutamente memorável e cheio de bossa.
“30 anos - Canta, canta mais” é a compilação que comemora os 30 anos de carreira de Eugénia Melo e Castro. Dividida em dois discos esta colectânea reúne no primeiro cd 16 duetos gravados pela cantora com alguns dos maiores nomes da MPB. Tom Jobim, Caetano Veloso, Chico Buarque, Adriana Calcanhotto, Gonzaguinha, Simone, Ney Matogrosso, Milton Nascimento, Paulo Jobim, Gal Costa e Carlos Lyra são os convidados destas canções e o resultado seja na interpretação de clássicos da música brasileira como “Canta, canta mais” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) ou de músicas incontornáveis do nosso cancioneiro como “Foi Deus”, é sempre de uma beleza e sensibilidade que transcende sotaques e culturas. Neste cd encontramos ainda “Dança da lua”, o famoso dueto de Eugénia com Ney Matogrosso que o tempo transformou em clássico. No segundo disco uma eficaz e inteligente escolha por algumas das mais brilhantes gravações da cantora convive habilmente com seis canções ainda não editadas comercialmente: “Estrelaria” com Paulo Jobim, “Motor da luz” (Caetano Veloso), “Two Kites” (Tom Jobim), “Onde” (excelente inédito de Eugénia com Renato Consorte), “Nothing Really ends” dos dEUS e ainda uma nova versão para “Dança da lua”. Os seminais “Lisboa dentro de mim” (1993), “Eugénia Melo e Castro canta Vinicius de Moraes”(1994), “Paz” (2003), “Desconstrução” (2004) e “PoPortugal” (2007) foram os discos de carreira que contribuíram com grandes canções como “Ausência”, “O sentimento de um ocidental”, “Acalanto” ou “Medo de amar” e que testemunham o impressionante percurso artístico da cantautora. 10/10
Tom Zé é um dos mais originais cantautores da actualidade, depois do já clássico “Estudado a Bossa” chega agora a Portugal (via importação) “Tom Zé & Banda - O pirulito da ciência ao vivo”. Percorrendo toda a carreira de Tom Zé “O pirulito da ciência” comprova também o que já sabíamos: em palco o perfomer é de uma genialidade e originalidade imbatíveis. “Hein”, “Tô”, “Brigitte Bardot”, “Menina Jesus”, “Fliperama”, “Companheiro Bush”, “Jimmi renda-se/ Moeda falsa” e “Nave Maria” são só alguns dos destaques de um espectáculo corrosivo, divertido, genial, irónico e que mesmo assim deixa a música de Tom Zé falar e valer por si mesma, sem distracções. 10/10
Disco de Djavan como intérprete, “Ária” marca também o regresso do conhecido cantautor às lides discográficas num trabalho em que pela primeira vez o próprio não assina nenhuma das composições gravadas. Cartola, Caetano Veloso, Luiz Gonzaga, Edu Lobo, Chico Buarque, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Gilberto Gil são só alguns dos ilustres compositores que o músico escolheu gravar nesta sua aventura, e o resultado é um disco clássico, sedutor, inspirado e que privilegia a excelente forma vocal e interpretativa de Djavan. “Disfarça e chora”, “Oração ao tempo”, “Brigas nunca mais”, “Sabes mentir”, “Nada a nos separar” e a inspirada leitura de “Palco” são os destaques deste belíssimo trabalho. 8/10