Depois da parceria com Marc Demuth que rendeu os brilhantes “Dança da solidão” e “Orik”, Sofia Ribeiro lança agora “Porto” na companhia do contrabaixista e compositor Gui Duvignau. Apoiado numa estética jazzística e recheado de temas inéditos, “Porto” percorre também a música popular brasileira em “Retrato em branco e preto” (Tom e Chico Buarque), “Viver de amor” (Toninho Horta e Ronaldo Bastos”) e “A volta” (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), visita a música popular portuguesa em “Era um redondo vocábulo” (em duas brilhantes leituras) de Zeca Afonso e arrisca ainda uma viagem pelo fado numa excelente interpretação de “Com que voz” de Alain Oulman com poema de Luís de Camões. Mais um grande disco de uma das nossas melhores intérpretes, 8/10.
The Legendary Tiger Man chega finalmente aos Coliseus em 2011 com o aclamado “Femina”. Dia 21 de Janeiro no Coliseu do Porto e no dia seguinte no Coliseu dos Recreios em Lisboa.
Chama-se “Ária” o novo trabalho de Djavan. Aqui fica o primeiro single:
Editada pela Companhia Nacional de Música, “The best of Brasil” traz-nos a música e arte de três grandes nomes da MPB: Agostinho dos Santos, Maysa e João Gilberto. Vendidos separadamente ou numa edição especial em box, os discos foram convertidos analogicamente para digital, com novo restauro e masterização. No disco dedicado a Agostinho dos Santos encontramos pérolas como “Balada triste”, “A noite do meu bem”, “Se todos fossem iguais a você”, “Minha oração” e uma curiosa e belíssima leitura de “Canção do mar”. Ninguém cantou a tristeza como Maysa e “Meu mundo caiu”, “Caminhos cruzados”, “Felicidade infeliz” ou “Hino ao amor” permanecem intemporais na sua voz que o 2º disco da colecção comemora. O 3º cd dedicado a João Gilberto traz-nos o seminal “Chega de saudade”, LP que em 1959 revelou clássicos como “Chega de saudade”, “Brigas nunca mais”, “Desafinado”, “Bim bom” e “Rosa morena” sobre o violão atento do pai da bossa-nova que assim marcou definitivamente este estilo musical. Uma colecção verdadeiramente apetecível, 10/10.
Frank Sinatra e Tom Jobim gravaram juntos por duas vezes, a primeira em 1967 (resultando no excelente LP “Francis Albert Sinatra & António Carlos Jobim”) e posteriormente em 1969. Deste segundo encontro 7 músicas foram lançadas em 1971 no disco “Sinatra & Company”, tendo “The Song of the Sabia (Sabiá)”, “Off-Key (Desafinado)” e “Bonita” permanecendo inéditas até agora. “The complete Reprise Recordings - Francis Albert Sinatra & António Carlos Jobim” junta pela primeira vez num só disco todas as vinte gravações conjuntas destes dois grandes génios numa edição histórica e remasterizada. O cd inclui ainda um extenso texto que nos revela todas as histórias por trás de uma das mais importantes colaborações musicais de todos os tempos. Obrigatório, 10/10.
Chama-se “Tantas Lisboas” e é o novo disco de Marco Rodrigues.
Aqui fica o dueto com Mafalda Arnauth “Valsa das paixões”:
“Companheiros de aventura” juntou Tim, Celeste Rodrigues, Rui Veloso, Mário Laginha e Vitorino num dos melhores discos do ano. O colectivo chega agora aos Coliseus com datas marcadas para dia 24 de Novembro no Porto e 17 de Dezembro em Lisboa.
“Amália” é o nome do mais recente lançamento sobre a obra e arte de Amália Rodrigues. Editada pela Companhia Nacional de Música esta colectânea dá-nos um documento completo sobre a história do próprio fado, e em cinco discos somos convidados a ouvir algumas das mais brilhantes e emblemáticas interpretações da voz maior deste género musical. O primeiro cd intitulado “Brasil/ Abbey Road” traz-nos as primeiras gravações da cantora que viriam a resultar no seu primeiro disco e ainda as já míticas canções gravadas nos estúdios Abbey Road, gravações essas como Amália gostava de frisar: “…dez anos antes dos Beatles”! “Fados tradicionais” é o segundo cd que como o nome indica revela o fado mais tradicional de Amália como “Maldição”, “Há festa na Mouraria”, “Primavera” ou “Malmequer pequenino” entre muitos outros. O terceiro cd intitula-se “Canta Raul Ferrão e Frederico Valério”, dois dos mais conhecidos compositores de música ligeira portuguesa que Amália gravou e que nos deram pérolas como “Coimbra”, “Lisboa não sejas francesa”, “Fado Amália”, “Confesso” e “Ai Mouraria”. “Ibero-Panamericana/ França” mostra-nos o lado mais internacional da cantora com natural enfoque nas canções interpretadas em espanhol e em francês. Por último o 4º disco desta edição especial visita o cinema e o teatro em “Teatro e Cinema/ curiosidades” que recupera algumas das canções eternizadas em peças de teatro ou filmes e ainda outros que “demonstram a enorme versatilidade da artista”. Uma edição de luxo a fazer jus ao enorme talento que faz de Amália a eterna voz do nosso fado. 10/10
Aqui fica o primeiro vídeo para o disco "Sweet jardim" de Tiê:
Elogiado por Caetano Veloso e pela crítica especializada chega finalmente a Portugal o álbum “Sweet jardim” de Tiê. Depois de um EP lançado de forma independente em 2007, a jovem cantora brasileira conheceu finalmente o sucesso com o lançamento deste disco que nos traz 10 canções entre o folk e a MPB, de uma simplicidade e de uma beleza como há muito não se ouvia. “Assinado eu”, “Passarinho”, “Dois”, “Chá verde c/piratas”, “Sweet jardim” (com a participação de Toquinho) e a bónus track “Se enamora” são alguns dos destaques de um disco bonito, delicado e recheado de grandes canções. Uma verdadeira lufada de ar fresco, 9/10.