Terça-feira, 28 de Outubro de 2008
Klébi Nori é uma cantora/ compositora brasileira que acaba de lançar o seu último trabalho em Portugal - “Daqui”. Dona de uma voz forte e marcante Klébi é também uma compositora talentosa, as suas canções apresentam uma sonoridade pop-rock muito actual e as letras são de uma sensibilidade poética surpreendente! A bonita balada “Bens”, a vigorosa “Fiz”, a pop luminosa de “Perdão com poesia”, o samba “Corcovado sem seu senhor”, a emotiva “Meu”, a sensual “Madame X” e a lindíssima “Te amo” (a piano e voz) são alguns dos bons momentos de um disco que chega na recta final de 2008 mas que merece ser ouvido com a devida atenção. 8/10.
Sábado, 25 de Outubro de 2008
Quinta-feira, 23 de Outubro de 2008
Coliseu do Porto, dia 19 de Outubro
Foi perante uma plateia esgotada que Ney Matogrosso apresentou o seu espectáculo “Inclassificáveis” no Porto. E falar deste espectáculo é falar de muitas coisas…é falar por exemplo da excelente forma física e vocal do cantor, é falar da impressionante banda que o acompanha, é falar no magnífico jogo de luzes e iluminação, da qualidade do reportório, é falar na capacidade brilhante que Ney Matogrosso tem de nos “chocar” e sobretudo é falar de um espectáculo com um fio condutor - um princípio, um meio e um fim que permite a quem assiste várias leituras e uma só certeza: Ney Matogrosso pode já ter 67 anos, mas em palco continua a ser o eterno jovem que nos anos 70 surgiu com toda a garra e diferença nos Secos e Molhados. “Inclassificáveis” é muito mais que um excelente concerto de MPB, é um espectáculo "moderno" de pop-rock como há muito não se via e ouvia e perder a oportunidade de o assistir é perder uma grande lição de brio, entrega e profissionalismo em palco! Inclassificável…
Segunda-feira, 20 de Outubro de 2008
“Canta Milton- Amor amigo” é o nome do mais recente trabalho de uma das grandes senhoras da Música Popular Brasileira, Alaíde Costa. Dedicado ao cancioneiro de Milton Nascimento, o cd apresentará novas leituras para pérolas como “Um gosto de sol”, “Cais”, “Viola Violar” (que contará com a participação de Milton), “Travessia” e “E a gente sonhando” que foi originalmente gravada por Alaíde em 1975! Segue a lista das canções do disco:
"Bodas"
"Um Gosto de Sol / Cais"
"Outubro"
"Viola Violar"
"Carta a um Jovem Ator (River Phoenix)"
"Sentinela"
"Travessia"
"Morro Velho"
"Milagre dos Peixes"
"Canção do Sal"
"E a Gente Sonhando"
"Beijo Partido / Amor Amigo"
Quinta-feira, 16 de Outubro de 2008
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Terça-feira, 14 de Outubro de 2008
“Doces Cariocas” é o nome dum projecto musical que junta vários músicos, compositores e intérpretes do panorama musical brasileiro. Alexia Bomtempo, Dadi, Domenico Lancellotti, Silvia Machete e Mú Carvalho são alguns dos nomes presentes neste trabalho e o resultado é um belíssimo disco. Temas como o bonito samba “Quanto tempo”, as nordestinas “O que será que te excita?” e “Blackbird e asa branca”, a delicada balada “Chuvisco” (muito bem defendida por Alexia Bomtempo), a dolente “Feito à mão” (excelente interpretação de Wilson Simoninha) e o tom pop de “Tava” estão entre os melhores momentos de um disco absolutamente ...delicioso... no verdadeiro sentido da palavra. 8/10
Sexta-feira, 10 de Outubro de 2008
Amélia Muge apresenta no Grande Auditório do CCB no dia 07 de Dezembro o espectáculo “Um Terreiro de Passos – 202 Canções”, com a participação de Ana Moura e os Gaiteiros de Lisboa espera-se mais um grande concerto de uma das nossas maiores cantautoras.
Segue o press-release:
“Uma autora de canções para um mundo de encontros.
Talvez por necessidade, talvez por resposta aos que me seguem, quando acabo um trabalho já estão na forja muitos outros. Se a criação fosse uma espécie de floresta-estufa diria que quando já existem plantas prontas a sair, há outras que ainda são apenas semente, outras já no viveiro, outras ainda simplesmente a precisar de tempo p’ra crescer.
Quando o António Cunha da UGURU me propôs, de certo modo, a entrada do agente sanitário, do comprador de plantas, do expert em inventários, isto é uma revisão da matéria produzida até aí, saí da estufa, esqueci a floresta e fui ao escritório, ao livro de registos, consciencializei as compras, os gostos gerais, os mais particulares, os únicos.
É tempo, sobretudo, de recolecção em prados conhecidos. De pegar em cada canção, olhá-la como se olha uma planta, ponderar o que é fruta, flôr, cacto ou arbusto, escolher as mais resistentes, as que melhor se darão no mercado da praça, as mais vistosas, eventualmente as que, com formas estranhas, possam chamar a atenção porque definitivamente, mais ninguém tem iguais para vender.
É tempo de recolecção. De pôr as canções todas “numa carreirinha, para ver até onde eu cheguei”, como dizia a Rosa Ramalho a propósito das suas peças de cerâmica. Não serei seguramente só eu a fazer a escolha. Lembrarei, é claro, as que são mais fáceis de transportar, as que têm mais perfume, as que são mais resistentes., as que ficam de certeza, muito melhor na janela do vizinho do que na minha.”
Quarta-feira, 8 de Outubro de 2008
“Simples” de Marcela Mangabeira é uma curiosa viagem ao mundo da bossa-nova com um suave travo electrónico. Com arranjos de Roberto e Márcio Menescal o disco apresenta leituras muito interessantes para clássicos como “Insensatez”, “A rã” e “Só danço samba”, dois etéreos (quase) instrumentais “Pro Menescal” e “Pro Tom”, um lindíssimo “Love dance” (único tema em inglês do disco) e mais meia dúzia de canções surpreendemente bonitas. Mas há muito mais a descobrir neste disco nomeadamente a voz suave e segura de Marcela num reportório coeso, elegante e deliciosamente simples.
Uma boa surpresa. 7/10
Segunda-feira, 6 de Outubro de 2008
O concerto de Ney Matogrosso no Coliseu dos Recreios a 21 de Outubro esgotou! Nova data marcada para o dia 22… a não perder!!
Quinta-feira, 2 de Outubro de 2008
“Flor de Fado” começou por ser um espectáculo e é agora um disco, talvez o mais inspirado trabalho da já consagrada carreira de Mafalda Arnauth. Não se pense no entanto que este é “apenas” mais um disco de fado! Com uma piscadela à canção ligeira e até um inspirado dueto com Olívia Byington a fazer ponte até à música popular brasileira, “Flor de Fado” é um daqueles discos em que nada foi deixado ao acaso: Mafalda está brilhante na interpretação, os arranjos são de uma beleza e de um cuidado exemplares, as melodias e as letras (uma ressalva para os lindíssimos poemas de Tiago Torres da Silva e às próprias composições da cantora) são de uma qualidade surpreendente e até a arte gráfica do CD é exemplar. “Amor abre a janela”, “O mar fala de ti”, a inesperada contida leitura de “Povo que lavas no rio”, “De tanto querer – fado vítima”, “Flor de verde pinho” e “Por querer bem” são apenas algumas das pérolas que se podem ouvir por aqui...passar ao lado deste disco é seguramente perder um dos mais luminosos trabalhos que a música portuguesa conheceu nestes últimos anos. Imprescindível, 10/10.
