Quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2008
Depois do sublime “Co'as Tamanquinhas do Zeca” os Couple Coffee gravam na primeira semana de Março o novo trabalho “Young and lovely – 50 anos de Bossa Nova”. O disco que será gravado ao vivo nos concertos da banda a 1 e 2 de Março no Music Box em Lisboa, terá temas de Tom Jobim, Carlos Lyra, Vinicius de Moraes, Roberto Menescal entre outros nomes sonantes da Bossa-Nova. Duas noites que se adivinham memoráveis…
Quarta-feira, 27 de Fevereiro de 2008
Falamos nela no post abaixo e agora mostramos um excerto do 1º DVD de Marianna Leporace, gravado ao vivo em 2007 na Sala Baden Powell no Rio de Janeiro:
Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2008
Baden Powell é um dos compositores mais gravados de toda a MPB, todos os anos surgem novas leituras das suas composições e por vezes não é fácil imprimir um novo fôlego a esta obra já por si definitiva. “Canta Baden Powell” é o novo disco de
Marianna Leporace, cantora carioca que fez este disco especialmente para o mercado Japonês. Dona de uma voz impressionante, afinada e emotiva, Marianna esbanja talento e saber nas (belíssimas) 14 canções que compõem o disco. Produzido por Kazuo Yoshida e Tatiana Horácio e com a direcção musical de Alain Pierre, este é seguramente um dos melhores trabalhos já lançados sobre a obra de Baden Powell, a qualidade dos arranjos e do reportório escolhido (fugindo muitas vezes ao óbvio) e a qualidade interpretativa de Marianna Leporace revelam um dos grandes discos de MPB dos últimos tempos. “Samba da benção” em registo cool/ bossa-nova, a bonita “Só por amor”, “Refém da solidão”, a delicada “Apelo” ou o eficaz medley que junta “Canto de Ossanha, Bocochê, Canto de Iemanjá e Canto de Xangô" são alguns dos bons momentos deste disco obrigatório, 9/10.
Sábado, 23 de Fevereiro de 2008
Inserido no Ciclo “Outras Lisboas”, o Teatro São Luiz apresenta em Abril - Chico César e Paulinho Moska em concerto. Oportunidade para ver em palco dois dos melhores compositores da nova geração da Música Popular Brasileira. O concerto será no dia 28 e os bilhetes (de 15 a 25 euros) já se encontram à venda.
Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2008
Ainda nem saiu o DVD da digressão “Dentro do mar tem rio” e Maria Bethânia tem já pronto um novo trabalho, o CD chama-se simplesmente “Omara Portuondo e Maria Bethânia” e junta a voz e talento da “abelha rainha” à conhecida (e igualmente genial) cantora de origem cubana. O disco sai este mês no Brasil e ainda não é conhecida a data de lançamento em Portugal. Seguem os 11 temas que poderemos encontrar neste trabalho:
1. Lacho (Facundo Rivero e Juan Pablo Miranda)
2. Menino Grande (António Maria)
3. Poema LXIV (Dulce María Loynaz) / Palavras (Marta Valdés) / Palavras (Gonzaguinha)
4. Y Tal Vez (Juan Formell)
5. Você (Hekel Tavares e Nair Mesquita)
6. Arrependimento (Fernando César e Dolores Duran)
7. Mil Congojas (Juan Pablo Miranda)
8. Só Vendo que Beleza (Marambaia) (Rubens Campos e Henricão)
9. Para Cantarle a mi Amor (Orlando de la Rosa)
10. Caipira de Fato (Adauto Santos) / El Amor de mi Bohio (Julio Brito)
11. Nana para un Suspiro (Semillita) (Pedro Luís Ferrer)
Terça-feira, 19 de Fevereiro de 2008
Dia 25 de Fevereiro no Coliseu dos Recreios em Lisboa - “Num País Chamado Simone”. Concerto de homenagem aos 50 anos de carreira de uma das nossas maiores cantoras: Simone de Oliveira. Neste espectáculo (que será gravado) participarão entre outros: Lara Li, Dulce Pontes, Pedro Abrunhosa, Anabela, Carlos Quintas, Vítor de Sousa e Madalena Iglésias. A não perder!
Segunda-feira, 18 de Fevereiro de 2008
Chama-se “A vida é perto” e traz a Portugal uma das melhores cantoras da actualidade, Olivia Byington. Neste espectáculo entra-se pelo camarim da cantora, vêm-se objectos pessoais (e recordações) de uma senhora que há décadas nos tem dado alguma da melhor música popular brasileira e vive-se uma experiência única. Ao entrar na sala (perfumada a incenso) a cantora já está em palco, rodeada por alguns livros, um computador, uma mesa, cadeira, um banco e claro um violão. Está em casa e nós estamos em casa dela. Fala, conta histórias, faz-nos rir e emocionar, e canta…e como canta! Segura, afinada e emotiva, depois temos as canções, grandes canções, de “Areias do Leblon” (do novo disco) a “Modinha” (Tom e Vinicius), do samba “Menina fricote” (dos saudosos Henrique e Marília Batista) ao clássico “Lady Jane” (o seu primeiro grande sucesso), do dueto com Seu Jorge em “Na ponta dos pés” à lindíssima “Muito romântico” de Caetano Veloso ou “De que callada manera" de Pablo Milanês. No final a obra-prima “Mais clara, mais crua” (Egberto Gismonte) confirmou o que já se tinha visto e ouvido: OIivia Byington chegou a Portugal só com o seu violão e uma mão cheia de recordações, recebeu-nos em “sua” casa e provou que a simplicidade e a sinceridade são o segredo para um concerto inesquecível, dos melhores que já tivemos a sorte de assistir.
“A vida é perto” regressa dias 21, 22, 23 e 24 ao Teatro Mundial em Lisboa, perder esta oportunidade é deixar passar ao lado um dos mais inteligentes concertos que já passaram por Portugal...
Sexta-feira, 15 de Fevereiro de 2008
Este fim de semana no Teatro Mundial em Lisboa:
OLIVIA BYINGTON – “A vida é perto”
«Olivia Byington lançou o seu décimo disco em 2005 em Portugal e só em 2006 no Brasil. Esta ordem não existiu à toa, é que este é o disco mais português da cantora. Em primeiro lugar por ser composto, quase na totalidade, por parcerias da própria cantora com o poeta português Tiago Torres da Silva, depois por recorrer a arranjos do virtuoso guitarrista Pedro Jóia e, por último, por fazer uma declaração de amor a Lisboa, à luz de Lisboa, aos amores de Lisboa, a tudo aquilo que Olívia ama nesta cidade no tema “Até Lisboa”.
Agora, Olívia faz o percurso contrário: depois de lotações esgotadas durante catorze semanas no Teatro Laura Alvim no Rio de Janeiro e de uma grande digressão que passou por São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Belo Horizonte, e que ainda passará por Paris, a cantora traz o espectáculo “A vida é perto” a Lisboa. E trá-lo ao Teatro Mundial porque este é um espectáculo que, como o nome indica, precisa de estar perto das pessoas, porque este não é bem um espectáculo, é um segredo, uma confissão, uma confidência…
O Teatro Mundial é um teatro pequeno, intimista, um Teatro que só agora ganha a música, primeiro com Seu Jorge, agora com Olívia, e em Abril com Tord Gustavsen.
O público entra no teatro pelo camarim da artista, onde os objectos o convidam a entrar no universo de Olivia. Quando deixa o teatro, esse mesmo público sai com a sensação de ter passado uma noite na sala de estar de Olívia Byington, ouvindo as suas canções, as suas estórias, os seus fracassos e as suas vitórias, tudo isto ilustrado por objectos pessoais da cantora, manuscritos de poetas e músicos e, sobretudo, pelas canções, pelas muitas canções que falam tanto dela como as suas próprias estórias.
Por isso, não poderiam estar apenas as parcerias com o poeta português como “Areias do Leblon” ou “Por dentro das canções”, era necessário que os outros muitos parceiros que com ela fizeram música, com ela dividiram o palco, com ela construíram uma carreira de um prestígio inquestionável, também estivessem presentes. Por isso estão lá “Anos dourados” e “Modinha” de Tom Jobim. Por isso as belas palavras de Geraldo Carneiro e Cacaso, por isso “De que callada manera” de Pablo Milanês. Por isso “Alguém cantando” e “Muito romântico” de Caetano Veloso. Por isso também “Mais clara, mais crua” que Egberto Gismonti fez para o primeiro disco de Olívia e depois perdeu a letra e ficou mundialmente conhecida como “Palhaço”.
O público ri, chora, intervêm, questiona, emociona-se e sai do Teatro com a sensação de que esteve ali a viver um espectáculo mais do que a assistir um espectáculo.
Foi isso que levou Luís Fernando Veríssimo a declarar ao jornal “o Globo” do Rio de Janeiro que “O único problema do espetáculo é que depois de ver e ouvir a Olívia, você custa a voltar para o chão”.»
TEATRO MUNDIAL de 14 a 24 de Fevereiro, 21h30
5ª, 6ª, sábado e domingo
Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2008
Chegou finalmente a Portugal (mesmo que só por importação) o vencedor do Grammy Latino de 2007 para melhor álbum de MPB- “Leny Andrade e César Camargo Mariano, Ao Vivo”. Gravado no Teatro Guaira em Curitiba, este recital de piano e voz junta em palco um músico excepcional e uma das melhores cantoras da actualidade! O reportório escolhido para esta memorável apresentação é outro dos trunfos desta gravação, o excelente instrumental “Samambaia” (da autoria do próprio César Camargo Mariano) abre o disco e a ele juntam-se obras-primas como “A ilha” de Djavan, “Céu e mar” de Johny Alf, “Você vai ver” de Tom Jobim ou “Carinhoso” da dupla Pinxinguinha e João de Barro. Tudo orquestrado com os arranjos intocáveis de César Camargo Mariano e a voz e o swing de Leny Andrade que continua a cruzar (e bem) o caminho melódico da MPB com a espontaneidade do jazz. Uma boa surpresa, 8/10.
Quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2008
“…tema de Caetano Veloso baptiza o cd e revela Maria de Medeiros cantora de jazz, MPB, bossa nova…e… pasme-se, com uma segurança e luminosidade que nada fica a dever a muitas cantoras (profissionais) que por aí andam…”
Crítica aqui no blog a 07 de Abril, 2007