
Finalmente chegou às lojas brasileiras o novo disco de Virgínia Rosa. De nome “Samba a dois” Virgínia apresenta temas de compositores como Cartola em “As rosas não falam”, “Quero estar só” de Candeia”, “Voltei” de Baden Powell e Paulo César Pinheiro e “O caminho” de Bebel Gilberto. Lança ainda uma nova (e promissora) compositora de nome Luísa Maita (nas excelentes “Madrugada” e “Amado Samba”), uma versão de “Ao Crepúsculo” dos nossos Madredeus e como bónus a canção “Sonho e saudade” que faz parte da banda sonora do filme “Bens confiscados” de Carlos Reichenbach. Segue o release do disco por Sarah Oliveira, o set list do cd e ainda um link: http://www2.uol.com.br/virginiarosa/mp3.html onde se pode ouvir na íntegra as canções: “Madrugada”- tema denso e lindíssimo com uma prestação vocal forte e emotiva e “Amado Samba”- canção viciante que vai “beber” inspiração na música de raízes Africanas e que nos mostra uma cantora inspirada e em muito boa forma vocal. Seja muito bem vinda Virgínia e que o CD não demore a chegar a Portugal.
Virgínia Rosa “Samba a dois”
1. Samba a Dois
2. Que Bandeira
3. Madrugada
4. Vem Não Vem
5. Fado Morno
6. Quero Estar Só
7. Samba Torto
8. As Rosas Não Falam
9. Ao Crepúsculo
10. Amado Samba
11. O Caminho
12. Voltei
Faixa extra: Sonho e Saudade
"Eu conheci Virgínia Rosa através de Ná Ozzeti. Sempre fui fã da Ná e de tudo que a cerca. E por isso, ao ouvir Virgínia, me encantei e corri atrás dessa que se tornaria um dia uma de minhas cantoras prediletas.
Comprei Batuque. Achei demais ela ter gravado Lenine, meu “mestre”. Aliás, a versão dela para “A Ponte”, com Simone Soul na batera e Suzano na percussão, é sensacional. Lembro que me chamou a atenção o fato de ela ter “as manhas de brincar” com várias vertentes da música: maracatu, rock’ n’ roll bluseado, samba, baião, enfim… - Moderna essa Vírginia, pensei.
Ali também tinha Chico Science e Itamar (é claro, mais pra frente fiquei sabendo que foi com ele que ela começou). Como gostaria de ter visto os dois juntos no palco!!.
Acabei assistindo Virgínia, se não me engano em 2000 ou 2001, no show do CD “A Voz do Coração”. Aí entendi por que as pessoas a chamavam de “Billie Holiday brasileira”. Sim, ela tem esse “punch” de “negona”. Ao vivo, é ousada mas delicada por conta de seu biotipo e estrutura emocional. Ah! Eu a vi outro dia ao lado de Lucinha Lins e Célia “brincando” de Carmen Miranda no show Pequenas Notáveis e tive convicção de sua versatilidade.
Bom, esse CD novo é lindo. Muito bem-produzido e de repertório impecável. Imagino a satisfação de Luisa Maita (a quem esse disco me apresentou) ao ouvir suas composições (“Madrugada” e “Amado Samba”) interpretadas por Virgínia.
“Samba a Dois”, do Marcelo, é tão linda que na voz dela acompanhada de ótima percussão com direito a bandolim e piano tinha mesmo de ser a faixa de abertura. Aliás, ela fecha o disco com chave de ouro ao apresentar uma versão “chiquérrima” de “Voltei”, do Baden e Paulo César Pinheiro. Além de tudo, ela gravou Cartola (“As Rosas Não Falam”) e Madredeus (“Ao Crepúsculo”)!!! A escolha dos fados (“Fado Morno” e “Vem Não Vem”) foi uma ótima sacada. Por tudo isso, recomendo a audição de Virgínia Rosa a todo tipo de público pois Virgínia é artista pra qualquer público e sem medo ou preconceito de ser popular." Sarah Oliveira, 2006