Chama-se “Contos de fados” e é o novo trabalho de Aldina Duarte. A ideia do disco é ambiciosa: transpor para o universo do fado contos, mitos, fábulas, peças de teatro, romances... tudo o que cabe no universo poético e de “letras” da cantora, e o resultado é um dos grandes discos de 2011. Intérprete de uma sensibilidade muito própria, Aldina Duarte tem sabido a cada lançamento dar-nos um fado sincero, tocante, por vezes cru... e depois do luminoso “Mulheres ao espelho” de 2008, chega ao que arriscaríamos dizer, o seu melhor disco. Maria do Rosário Pedreira, José Mário Branco, Manuela de Freitas, José Luís Gordo, Pedro Mexia e a própria ajudaram a escrever as letras inspirados em obras como “Orfeu e Eurídice”, “Medeia”, “A Bela e o Monstro”, “Um eléctrico chamado desejo” ou “A bela adormecida” que embaladas por melodias inéditas ou de fado tradicional reforçam o que a cantautora sempre teve de mais precioso, a interpretação. Um belíssimo trabalho, 10/10.
Aqui está o 1º single do novo trabalho de Aldina Duarte "Contos de fados":
Ana Carolina regressa a Portugal e aos Coliseus, dia 06 de Julho no Coliseu dos Recreios em Lisboa e dia 13 no Coliseu do Porto.
Bilhetes já á venda!
Theatro Circo, Braga 11 de Junho.
Sara Tavares veio a Braga apresentar o seu último (e celebrado) trabalho “Xinti”. Lançado em 2009, “Xinti” consagrou a cantautora como uma das mais importantes vozes portuguesas da actualidade, e ao vivo Sara Tavares mostrou que a sua música soa tão verdadeira e luminosa em palco como em disco. Acompanhada por músicos de diferentes nacionalidades, a cantora cantou em português e em crioulo, tocou violão, encantou com a sua voz e simplicidade, e fez da sua música global uma enorme celebração. “Balancê”, “Bom feeling”, “One love”, “Lisboa Kuya” e “Ponto de luz” foram alguns dos destaques de um concerto que “obrigou” todos os presentes a abandonarem as suas cadeiras e a celebrar um espectáculo cheio de “bom feeling”.
Arnaldo Antunes vem a Portugal para o lançamento do seu mais recente CD+DVD “Ao vivo lá em casa”. Dia 18 de Junho no Cinema S. Jorge em Lisboa.
“Com 30 anos de uma carreira imparável, Arnaldo Antunes dispensa apresentações.
A sua faceta de músico é apenas a mais mediática, com destaque para o seu papel como fundador dos míticos Titãs, assim como mais recentemente para a participação nos
Tribalistas. Mas Arnaldo Antunes é também e ainda poeta, artista gráfico, homem do palco, uma personalidade carismática e de uma alegria contagiante. A editora
Transformadores e Festival Silêncio irão lançar o mais recente CD/DVD de Arnaldo
Antunes Ao Vivo Lá em Casa, uma verdadeira festa de homenagem a uma das grandes paixões do cantor, o Iê-Iê, com um conceito totalmente novo: o registo foi inteiramente gravado em casa do autor, num ambiente de confraternização com os convidados que assistiram ao espectáculo. O espectáculo que Arnaldo Antunes traz ao festival, Dois
Violões, retoma músicas desde o tempo dos Titãs, como “Eu não vou me adaptar”, passando por canções compostas em parceria com Paulos Miklos (“Fim do Dia”) ou com os companheiros dos Tribalistas, Marisa Monte e Carlinhos Brown
(“Consumado”). Trata-se de um espectáculo mais intimista mas sempre com a energia esfuziante que caracteriza o artista paulistano.”
Ainda há pouco falamos nele e agora aqui fica o primeiro single do álbum "Percursus" de Cristina Maria:
“Percursus” é o nome do segundo trabalho discográfico de Cristina Maria. Produzido por Custódio Castelo, o disco traz-nos 15 temas (entre inéditos e regravações) da autoria de nomes como Pedro Homem de Mello, Jorge Fernando, Amália Rodrigues, Alberto Janes, Sophia de Mello Breyner, Alfredo Marceneiro e o próprio Custódio Castelo entre muitos outros. E se o reportório não podia ter sido melhor escolhido, a excelente interpretação de Cristina Maria ora vigorosa, ora contida mas sempre emotiva, reforça a impressão já deixada pelo seu primeiro cd (“O outro lado”) que estamos perante uma grande intérprete. “Que importa a mágoa”, “Do meu sonhar”, “Povo que lavas no rio”, “Maldição” e “Canta coração” são apenas alguns dos grandes momentos de um disco que merece chegar ao maior número de pessoas possível. 10/10
Casa da Música, Porto 09 Maio
Adriana Calcanhotto regressou a Portugal para apresentar o seu novíssimo trabalho “O micróbio do samba”. Álbum conceptual em que o samba é revisto pela visão muito própria da cantautora, Adriana Calcanhotto dá-nos também um disco 100% autoral em que das doze músicas gravadas, apenas uma foi composta em parceria - “Vem ver” (Dadi/ Adriana Calcanhotto) e dez são completamente inéditos (as excepções são “Vai saber” gravado por Marisa Monte e “Beijo sem” que Teresa Cristina lançou em 2010). E se em disco o reportório de “O micróbio do samba” soa coeso e verdadeiramente interessante, a transposição para o palco trouxe-nos uma Adriana Calcanhotto sóbria em que a música falou por si mesma. Acompanhada em palco por 3 excelentes músicos a cantora surpreendeu usando objectos tão inesperados como uma caixa de fósforos ou um secador de cabelo para enriquecer o fundo musical do espectáculo… no encore final o único clássico apresentado - “Vambora” que foi acompanhada em uníssono pela já rendida plateia. Depois da aventura “Partimpim” e do inspirado “Maré”, “O micróbio do samba” volta a consolidar a importante obra de uma das mais interessantes cantautoras da actualidade num disco em que a essência do samba é revista corajosa e eficazmente, mas e principalmente com muita personalidade. 9/10
"Porque Voltas de Que Lei" com música de Mario Pacheco e letra de Amália Rodrigues é o novo single do cd de Cuca Roseta:
“O que tinha de ser” de Tom Jobim e Vinicius de Moraes abre e dá nome ao segundo trabalho de Adriana. Cantautora com uma veia pop fortíssima, “O que tinha de ser” surpreende pelas canções que vão desde o jazz à bossa-nova, passa pelo pop e traz-nos uma mão cheia de clássicos instantâneos. Composto por temas originais (são excepções o já citado “O que tinha de ser” e "Acércate Más" de Osvaldo Farrés) da autoria da própria Adriana, estamos perante um disco que tem tudo para agradar ao grande público: melodias contagiantes e letras simples e directas. “Se tu quiseres, quando quiseres”, “Sem fazer planos”, “Pior que perder”, a sensual “Coisa sexy” e principalmente a lindíssima “Sonhos de papel” merecem marcar e consolidar a carreira de Adriana junto do público português. 8/10.